quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Rascunhos...

Tem muita coisa que eu escrevo, leio, releio, paro e penso... melhor não!
Enfim, em meus rascunhos há muita história e a chave para esta leitura talvez eu passe (ou não) para os mais chegados. Enfim, cada ser humano é uma fonte única, inequívoca e farta de ideias e pensamentos... tem tanta coisa que eu contesto, mas não declaro! Assim com tem algumas coisas que eu aprecio, mas nem sempre se deve alardear concordância.... 
O fato é que enquanto eu escrevo este texto, mil imagens me vem a mente, mil rascunhos.... Não se pode falar abertamente sobre tudo para não correr o risco de polemizar... Oras, me pergunto (me pergunto sempre, sobre tudo), e daí? polemizar faz parte da convivência humana... quem não aceita e não sabe conviver com as diferentes opiniões não está preparado(a) para conviver, para exercer a cidadania, não contribui, não cresce, não expande... é uma pedra! Menos que uma pedra, pois pedras não tem poder de decisão... não escolhem ser pedras!... Eu não sou uma pedra, eu penso, concordo, discordo, sou divergente, sou mutante.... sim, mutante, porque estou em processo de transformação, sempre!... E à partir do momento que me proponho a escrever em um blog não coloco restrições ideológicas. Mas enfim, sempre haverá um rascunho para trabalhar, aperfeiçoar e publicar depois...
Mas também haverá rascunhos impublicáveis. Nenhum deles pessoais, mas de cunho ideológico. Enfim, rascunhos são ideias ainda em processo de transformação. Assemelham-se a humanidade que é uma projeção de si mesma enquanto se constrói... E desta ideia eu retiro a conclusão de que é bom "ser"rascunho... estar em construção, em fase de aperfeiçoamento e ter a chance de enquanto projeto inacabado, não ser exposto e sujeito à critica.... Mas uma vez texto e apresentado ao público, prepare-se: você será cobrado(a), criticado(a), ignorado(a), enfim julgado(a). Mas nada disto acontece enquanto se tratar de um rascunho! Pois estes tem o álibi de não existir...

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Por uma vida mais simples e relações humanas menos complicadas



- Entenda que a dor do outro não é sua, cada um sente de um jeito diferente, seja solidário(a), respeite, não menospreze;

- Ego, todo mundo tem, precisamos aprender a conviver com os diferentes estágios do "eu". Primeiro compreendendo e moldando a nós mesmos, depois selecionando o que acrescenta ou não ao nosso dia-a dia. A empáfia e a arrogância são ilusões das mentes despreparadas e desprovidas de conhecimento;


- É preciso olhar em volta, reconhecer as flores, os pássaros, as florestas, o verde, o azul, o amarelo, todas as cores... cada pequeno detalhe que compõe a vastidão do Universo;


- Todo dia é uma nova oportunidade de repetir ou refazer ações, de colocar em prática o crescimento pessoal, o aprendizado. Entenda que você vai errar e isto não é o fim da história. Os erros e suas consequências são como o remédio que arde, mas é necessário para a cura do mal;


- Seja prudente, mas não estático(a); 


-Pense antes de falar, mas se suas palavras atingirem alguém de forma negativa (críticas destrutivas/ofensas/expressões da vaidade/incompreensão...), peça desculpas. Reconheça seu mau momento. 


- Perdoe, perdoe, perdoe mil vezes ou mais, quantas forem necessárias, mas entenda que o perdão acontece dentro do coração em primeira estância. Quando você perdoa, a sua alma se torna mais leve, seu sorriso mais natural. O maior beneficiado é você, independente de razão. Agora, perdoar não implica em aceitar o que contraria seus valores. Você pode perdoar (libertar-se) e seguir seu caminho, cujas trilhas quem determina é você!

- Não se detenha diante da incompreensão e construa os alicerces dos seus sonhos. Entenda que, assim como você, todos tem limitações e entendimentos diferenciados;

- Esta não é uma lista de Bem Viver, são apenas algumas considerações sobre como não nos entediarmos e desistir de ser parte integrante da mudança que gostaríamos de ver. Porque é fácil vislumbrar um mundo melhor, isto qualquer um faz! Complicado mesmo é lidar e aceitar as diferenças, mais ainda, fazer das diferenças a base, ou seja, ao invés de diminuir, somar ideias e idealismos, peneirar, retirar o joio do trigo! Isto dá trabalho!

-E para finalizar, falando em trabalho, é isto que move o mundo, em suas diversas vertentes. 

Este texto não tem a pretensão de ser uma "bula", uma "receita de bolo", ao contrário, o que eu espero é despertar reflexões sobre como podemos atingir um nível de maior compreensão com nossos semelhantes. Lembrando que, semelhante no contexto, nada tem a ver com igual. Semelhante aqui tem o sentido de tudo que existe, inclusive os seres inanimados. Sim, e por que não? Conheço pessoas que colecionam pedras ou conchas marinhas... estas pessoas conseguem ver a beleza oculta nestes minerais à ponto de querer tê-los mais perto de si... Em suma, o mundo é movido por energia e esta está contida no animal, no vegetal, no mineral... na mente!... É mais ou menos por aí...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"Amadrugando"

Anoitecia e eu pensava...
Enquanto eu pensava, anoitecia...
amadrugava, eu diria, se tivesse certeza
que esta palavra existe...
Mas dizem que na intenção poética,
é possível "inventar" palavras....
E dizem até que palavras inventadas na informalidade,
se aceitas e propagadas, passam a fazer parte do dicionário...
E de repente eu divago... sentido da palavra...
e o texto? e a base? e a motivação da noite insone?
perdidos na madrugada!...
embora latentes
na mente....
Parafraseando Platão, em seu Mito da Caverna,
as sombras podem camuflar a luz...
E a noite tem como dom maior proporcionar a obscuridade...
Mas eu não temo a noite, ao contrário, a absorvo...
Então entre sombras e madrugadas,
eu projeto a claridade!....
De fato, não busco a verdade,
mas o caminho, a estrada, a orientação...
e quiçá alguma certeza...
E enquanto amadrugava,
eu buscava...


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Eu não tenho meios termos...

Felizmente ou infelizmente (ponto à considerar/debater/refletir) eu não consigo definir nenhum conceito como mais ou menos, isso ou aquilo talvez. As coisas são ou não são (ponderações são bem vindas e necessárias). Porém tenho definições próprias e estruturadas sobre aquilo que me proponho a discorrer. Isto não significa que não estou aberta ao bom debate, mas significa que tenho opiniões formadas, valores pré definidos e uma personalidade moldada nas minhas experiências pessoais, embora embasada também no que absorvo do mundo em geral.  Mas paro para pensar toda vez que a ideia do outro abala minhas convicções pessoais. Se mudo de opinião? sim, eu mudo, desde que o argumento seja suficientemente plausível e sustentável. Não tenho nenhuma pretensão de ser "dona da verdade". Aliás, não acredito nisto! Verdades são questionáveis, antes de mais nada (não se pode atribuir veracidade a nada que não possa ser submetido ao questionamento).
Dito isto, passo a reflexão propriamente dita deste texto: outro dia expressei uma opinião no meu Blog Responsabilidade Social sobre uma reportagem que referia-se ao drama vivido por refugiados da Síria e Afeganistão. Ora, sabemos que este é um problema de ordem prioritária e que, na minha opinião, não recebe a devida conotação de urgência pelas autoridades mundiais, seja por questões políticas, econômicas ou de interesses diversos. A mídia (pelo menos a mídia brasileira) também não retrata os fatos com a devida responsabilidade e comprometimento de informar os fatos como eles são. Sim, parece que o jornalismo se detém a estruturar a reportagem, sem esmiuçar as diversas vertentes e principalmente os fatos históricos por trás de cada questão. Fica mais ou menos assim: "grupo extremista causa tragédia com bomba em um centro movimentado". Ok, mas o que causou a formação deste grupo? qual a história por trás do ódio e da violência? o que poderia ter sido feito para coibir/evitar tal atrocidade? a quem interessa a não exposição de tais fatos? Posso me deter aqui em inúmeras perguntas deste tipo, mas não sou jornalista, não faço parte da mídia, sou apenas um ser pensante.... por que estas perguntas não são sequer cogitadas? por que não saímos da mesmice? e pior, por quanto tempo mais seguiremos assistindo ou sendo parte desta catastrófica situação, onde pessoas inocentes perdem seus direitos e vidas? mas a mídia vai falar, sim, vai falar do que não faz diferença: a cor, a idade, a religião, a opção sexual, o nível econômico e sabe-se lá mais o que  poderia "classificar" as vítimas.... E a opinião pública (pobre em sua maioria, porque não se dá ao trabalho de pesquisar, de investigar outras fontes) fomenta toda esta desinformação. Desinformação esta que é passada e repassada, hoje em dia, de forma muito rápida nas redes sociais. Para piorar um pouco mais o quadro, pessoas começam a discutir o "sexo das pedras": questões como a "sua opinião difere da minha, então está errada", portanto o desrespeito toma à frente, minando os fatos. A notícia acaba perdendo a sua importância frente à questões menores, irrelevantes mesmo. Finalizando a questão dos refugiados em reportagem citada acima, quem adere a causa e providencia socorro é gente solidária. Nada mais que isto. Ponto final!
O problema não termina aí, vemos as tragédias ocorridas recentemente em Paris e no estado brasileiro de Minas Gerais. Me causa frustração toda essa polêmica nas redes sociais, onde as pessoas passam a atacar uma simples alteração na foto do perfil (alteração esta que significa apenas demonstração de solidariedade). Meu Deus, que mundo é este? Então temos que escolher com qual desgraça devemos nos solidarizar? Qual tragédia merece nosso interesse e auxílio? a dor de um é maior que a do outro, apenas em função da nacionalidade? uma mãe que perde seu filho sofre diferente, de acordo com a opinião pública? Opinião esta, que repito, nem sempre tem o devido embasamento dos fatos, só para ilustrar! Acordemos, pois! Dor é dor, tragédia é tragédia e solidariedade não tem fronteiras, não escolhe um alvo especifico, apenas se demonstra e se expande conforme a compreensão de cada um. E por favor, a compreensão dos fatos não deve limitar-se a esta mídia inconsistente que temos, vamos lá. pesquisar, investigar, formar uma opinião própria baseada em fatos, não em achismos banais. Tem muita coisa por trás da notícia exposta e algumas destas coisas são justamente repassadas com a intenção de camuflar a verdade. É mais ou menos por aí...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Velhos conceitos

Eu ando sentindo uma vontade "danada" de recuperar a velha forma, reascender meu espírito polêmico com ânsias de reformular o mundo!.... Mas isto gera um tremendo stress, porque aí é preciso lidar com a empáfia de tantos... tantos, que não almejam mudar nada, mas apenas sobressair... aparecer mesmo, enaltecer o próprio ego e por aí vai... Já vai dando um certo nó na garganta só de escrever estas linhas, rsrsrsrs... prova disto é o que se curte e compartilha em redes sociais... fico me perguntando aqui qual o verdadeiro sentido da popularidade... o que é popular? tenho a resposta pronta: popular é o que agrada a maioria, independente do conteúdo. E o que agrada a maioria? Ah, aí vou me meter em encrenca, melhor deixar no vazio, cada um responde por si!... Eu sei o que me agrada ou não! Sobre isto posso argumentar e defender, se for o caso. Sempre disposta, é claro, à ouvir e pensar sobre o que é controverso. Se julgar correto, mudo de ideia, sem problema algum, pois Graças à Deus, sou mutante, estou aqui para adquirir conhecimento, desenvolver novas habilidades e crescer...  Me agrada a filosofia (arte de pensar), me agradam as ideias construtivas (aquelas que tem o poder de plantar sementes do bem), me agradam opiniões formadas e com objetivos claros, transparentes e direcionados para a construção de uma sociedade melhor, me agrada a construção de uma sociedade com leis justas, corretivas, transparentes e imparciais, me agrada a boa leitura e a boa música, a poesia... mas calma lá, que não é possível citar tudo sem me tornar enfadonha... Me desagrada a degradação de valores humanos, a insistência de alguns, em me "seguir" nas redes, apesar de não compartilhar a mais básica das minhas ideias, me desagrada a ineficiência do sistema de atendimento à população, a política brasileira atual e por aí vai de novo... Mas cheguei a uma conclusão: não careço de popularidade, mas de fidelidade aos meus ideais. Fidelidade esta,  de mim para comigo mesma. Sim, careço da minha própria credibilidade, não que não a tenha, ao contrário! Sou minha fã número 1, sem nenhuma pretensão de aparecer ou me julgar melhor que ninguém. Quero dizer apenas que acredito em mim e acredito também que perco muito tempo sendo complacente com as coisas que desaprovo! Sou minha fã porque não compactuo com nada que se desvie das minhas crenças, dos meus valores, da posição que desejo alcançar no mundo existencial. Enfim... este é um caminho solitário com foco em derrubar barreiras e destronar reinados (do mal)... Não sei, mas sei que é preciso muito mais que coragem para enfrentar os erros deste mundo... portanto chega o momento em que a minha complacência cede lugar à minha razão. E esta é permeada por meus princípios, ou seja: está certo, vamos enaltecer; está errado, vamos corrigir! E que Deus nos oriente! 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Recesso...

São pequenos os sentimentos,
perante a imensidão do universo...
talvez, por isto, este recesso,
esta indolência, este desdito...
Seria eterna tua alma, tanto quanto o meu amor;
seria vasta tua calma, tanto quanto o meu olhar!...
Não olhar de ver... mas olhar de sentir...
aquele que pressente tua presença,
mesmo quando não estás aqui...
Porém o tempo não é constante...
Vira eternidade um instante
e o mundo gira!...
Na dança de cada compasso,
hoje, o que faço,
amanhã, desfaço
e nem sempre refaço,
pois sou mutante...
portanto não te guies pela minha estrela,
pois que esta não brilha sempre no mesmo espaço...

(Beth)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

1963 à 2015...



E o tempo foi passando, confesso que na maioria das vezes eu nem percebi... :)
Mas fui realizando e acumulando sonhos... sim, porque nem tudo conclui... ainda!...
Não sou o tipo de pessoa que se preocupa com a velhice, apenas temo a deterioração da minha capacidade de agir e pensar... sim, isto me assusta, por vezes! Mas não gasto muitas horas pensando nisto; aprendi que me antecipar os fatos, quando não terei controle sobre os mesmos, não me agrega nada ao estado presente.
Em breve reflexão destes 51 anos idos, o primeiro sentimento que me invade é a gratidão. Sou grata pela oportunidade a mim concedida de experimentar este mundo tão repleto de aprendizado e contemplado com uma natureza infinitamente bela... O segundo sentimento é de perplexidade por todas as mudanças/evoluções (em todos os campos humanos) que presenciei/acompanhei... o terceiro sentimento é de amor pela minha família e amigos de jornada que me aturaram em tantos momentos nem tão ponderados, rsrsrsrs.... que me apoiaram em meus projetos e ideais, que partilharam da minha tristeza e alegria e enfim fazem parte do que de mais precioso eu construí: os laços da alma! Alguns destes amigos e familiares já não fazem parte da minha rotina, mas eu os trago guardados e lembrados dentro do coração, com certeza. Cada um com sua parcela de contribuição para que eu me tornasse ou tentasse me tornar uma pessoa melhor. Outros sentimentos se revelam, mas seria extenso tentar falar de cada um deles, portanto apenas vou deixá-los fluir.... E neste fluir concluo que existe muita coisa por fazer e que de tudo que sei, nada foi ou será definitivo. O que almejo hoje é bem diferente do que almejei em minha juventude, mas se me perguntarem qual a melhor época da minha vida, sem pestanejar eu respondo que é agora. O passado é fonte de boas lembranças sim em um saldo super positivo, mas ficamos por aí. Hoje eu me sinto mais serena (não confundir serenidade com complacência, descaso e acomodação), se meu corpo sente algumas limitações, a minha mente está à todo vapor e pretendo ser parte das mudanças sociais que tanto almejo, independente de experimentá-las, porque entendo que ainda se passarão mais décadas do que me será concedido, para que a humanidade atinja um grau maior na escala evolutiva. Mas vai acontecer, porque é ordem natural, nada se perde, tudo se transforma e a transformação se faz em prol da adaptação à novas prioridades e/ou construção de algo melhor. Minhas crenças, meus valores, minha dignidade e convicções são meus tesouros e a minha certeza de que tudo valeu e vai valer a pena. Portanto, vestindo aqui uma nova aparência bem assumida dos meus 52 anos e pedindo ao Bom Deus que me conceda sempre a Sua Luz, Orientação, Proteção e que me permita viver até o ponto em que possa ser útil de alguma forma, não mais que isso! :) 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Porquê Camuflar as Nossas Convicções?


"Desde que nos propomos emitir uma verdade de acordo com as nossas convicções damos logo a impressão de fazer retórica. Que espécie de prestidigitação vem a ser essa? Como é que nos nossos dias não poucas verdades, proferidas que sejam, por vezes, mesmo em tom patético, imediatamente ganham aspectos retóricos? Porquê é que na nossa época cada vez há mais necessidade, quando pretendemos dizer a verdade, de recorrer ao humor, à ironia, à sátira? Porquê adoçar a verdade como se se tratasse de uma pílula amarga? Porquê envolver as nossas convicções num misto de altiva indiferença, digamos, de desprezo para com o público? Numa palavra, porquê certo ar de pícara condescendência? Em nossa opinião, o homem de bem não tem de envergonhar-se das suas convicções, ainda mesmo que estas transpareçam sob a forma retórica, sobretudo se está certo delas". 
(Fiódor Dostoiévski, in "Diário de um Escritor")

Para mim Dostoiévski é um ícone da literatura. Sua capacidade vai muito além da criação de um enredo, ele realmente consegue nos invadir a alma e nos colocar no tempo da sua história, não apenas como leitor, mas como personagem. Isto porque domina a arte de descrever as emoções humanas e talvez até transcendê-las, por vezes.
Diário de um Escritor data de 1873 e não me parece nem um pouco desconforme com a nossa realidade humana atual. Ao contrário, vivemos um tempo onde convicções estão em baixa em uma inversão de valores assustadora. Vejo por aí, pelas ruas e redes sociais o quanto muitos se tornaram limitados e enfadonhos em defender aquilo que na verdade não faz sentindo, não agrega, pior, realça e estimula a decadência desta humanidade já tão desprovida de ideais e méritos!
Pensemos, quantos de nós nos vemos vítimas de regras sociais que promovem egos e inibem a inteligência!?... Não vamos muito longe, abordemos a questão do preconceito.... o que de fato é preconceito? o que difere um ataque à uma escolha ou condição pessoal de uma opinião formada? Não seria também preconceituosa a atitude de grupos que tentam impôr sua forma de viver e compreender o mundo!? Onde começa e onde termina o direito de pensar e expressar nossas convicções? Pessoas que assumem uma posição, que realmente acreditam no que são e no que tem a dar como contribuição à sociedade, não saem por aí fazendo alarde de si mesmas. Expressam ideias e atitudes. O fundamento do que defendem é transparente através do exemplo cotidiano. Sim, exemplo cotidiano! O mundo mudou (diferente de dizer que evoluiu dentro do contexto abordado). Hoje convivemos com as diversas "tribos" (evolução aqui?), tantas novas tendências, descobertas tecnológicas e científicas e por aí vai.... mas estamos longe de aprender a conviver de forma à respeitar e contribuir, de fato, com uma condição humana essencial. Somos diferentes, Graças à Deus e na diferença está a solução de nossos problemas :)
O igual é igual, ponto. O diferente nos faz pensar, rever nossas conclusões; isto se assumimos, no minimo, uma postura desprovida de "donos" da verdade, até porque ninguém é! A verdade incontestável de hoje pode virar um mito amanhã e assim vai. O que não muda, não pode mudar, são nossos valores morais que permeiam e moldam a dignidade. E o mundo precisa muito rever isto, não é mesmo? Portanto Fiódor Dostoiévski nos convida novamente à uma imersão dentro de nós mesmos e nos aponta que convicções são essenciais e é um direito inalienável e pessoal. Não tem sentido vivermos capturados pela dita "modernidade" que a mídia faz questão de propagar, sem de fato comprometer-se de forma neutra, investigativa, preocupando-se em informar. Porque, infelizmente, a nossa mídia é deficiente demais, valoriza quantidade e não qualidade, em outras palavras, "tem que dar ibope"! Ibope pra quem ou para que? E assim nos vemos cada vez mais pressionados e movidos por interesses que nem são nossos, mas passam a ser... Vejo tantas causas inúteis defendidas por aí e o essencial perdido e relegado à poucas discussões não divulgadas, não aplaudidas, não proclamadas e pior... ignoradas, até por aqueles que de fato poderiam ajudar à construir um mundo melhor. E um mundo melhor jamais será construído sobre os escombros da queda de valores morais, de respeito e dignidade humanos! Portanto afirmo que sim, procuro respeitar a diversidade, mas mantenho minhas convicções pessoais, sem nenhum desejo de impô-las, assim como não aceito nenhum tipo de imposição, seja de que tipo for. Uma última reflexão para este texto, cabe aqui colocar uma frase que ouvi outro dia:"Só acho que as coisas, como são hoje, funcionam sim, mas do mesmo jeito que um câncer funciona muito bem. E vão de vento em popa."
Pensemos...

Em tempo: a última frase em grifo eu retirei de uma postagem feita na página Pausa do Café, criada pelo professor Gelson Benatti no Facebook. Super recomendo, segue link:
 https://www.facebook.com/groups/pausadocafe/?fref=ts

terça-feira, 13 de outubro de 2015



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Revelações da Natureza



Detalhes da Natureza...

Você é capaz de percebê-los... assim, tão pequenos em sua grandiosidade?...
Um simples olhar mais atento e tudo que está à nossa volta pode assumir uma nova conotação, um novo significado... como percebemos o universo vibrante ao nosso redor? Será que percebemos!?...
Gosto de acordar e antes de iniciar qualquer tarefa, passear no meu quintal, que chamo de meu pequeno mundo. Há tantas coisas para ver e tudo muda o tempo todo... um novo cogumelo que surge após dias de chuva, uma nova "flor mato" que nasce em meio à grama e de tão pequena e bela dá pena de cortar.... um novo gatinho passeador no muro, borboletas coloridas, pássaros e seus ninhos...
Enfim... em meio aos arbustos existe tanta vida e me transporto na minha imaginação, imaginando como seria ser pequenina e adentrar todos estes cantinhos impossíveis para alguém do meu tamanho!?... :)
O ser humano se diz senhor da natureza, mas conhece suas leis? Sabe adaptá-las de forma a suprir suas necessidades e ao mesmo tempo preservar? Pensemos: se podemos conceituar sabedoria como a busca pela perfeição, conhecimento, equilíbrio e harmonia, e se a vida plena condiz com o respeito a si mesmo e ao todo, estaremos no caminho certo? Enquanto assumimos uma posição sobre o assunto, a natureza segue seu rumo, movimenta-se, transforma-se e pode por vezes assustar respondendo à má interferência humana... 
Para reflexão final deixo um pensamento que é atribuído a Albert Einstein: 
"O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior".

sábado, 10 de outubro de 2015

Eu acredito em fadas....


Você acredita em fadas?
Eu acredito!
Há quem diga que as fadas representam uma conexão do imaginário com a realidade... Também há quem afirme que cada vez que uma criança desacredita na magia, uma fada morre...
Não sei, mas eu vejo fadas toda vez que repouso meus olhos sobre a natureza... elas passam, elas voam e contam histórias...elas são, talvez, memórias... sei lá... mas elas existem... basta querer acreditar e se deixar levar pela brisa do bater de suas asas nas manhãs ensolaradas ou nas primaveras coloridas... No outono podemos ver fadas nas gotículas orvalhadas e no inverno, elas são nuvens... E no verão.... ah, no verão... elas são aqueles pontinhos luminosos que a gente vê cada vez que sonha...

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Por um mundo mais azul...


Tempos difíceis estes... Falando em termos de Brasil, este país tão lindo, tão rico de natureza, com paisagens deslumbrantes e um povo acolhedor! Acolhedor, mas ainda dormente em seus direitos e obrigações enquanto cidadãos do mundo. Sim, do mundo, porque é isto que todos somos! Não é privilégio algum ocupar uma posição de igualdade em relação aos requisitos humanos básicos de existência. Aqueles itens que a gente fala e ouve falar todos os dias: educação, saúde, segurança, dignidade, igualdade, honestidade e por aí vai, que a lista é mais extensa do que me proponho a citar. 
Aqui do meu mundinho de aprendiz de ser pensante, vejo pequenos detalhes passarem despercebidos ou sem a justa relevância que deveriam ter, situações do dia a dia mesmo, que se repetem e poucos se dispõe a mudar. Por exemplo, quando não reivindicamos nossos direitos de consumidores, o que engloba não apenas qualidade, preço e informação do que adquirimos, mas cortesia no atendimento, colaboramos para a deformação da sociedade. Sem citar nomes, até porque eu teria uma lista extensa de casos assim, mas exemplificando, onde está o respeito das redes de supermercados que colocam à venda produtos com prazos vencidos ou próximos do vencimento? E aí ainda argumentam que colocam estes produtos com preços mais baixos, "favorecendo" o consumidor e evitando o desperdício! Bom, se o produto ficou nas prateleiras até beirar o vencimento, provavelmente estava caro demais porque os administradores ou não tem competência ou esperavam ter uma margem de lucro muito acima do suficiente... O único desperdício que deveria ser evitado aí é o que aconteceu antes, ou seja, a péssima administração dos estoques e preços. Nem vou comentar sobre a ineficiência do treinamento (quando dado) aos funcionários. Aqui perto da minha casa tem um grande mercado onde não é possível falar com o gerente e sei do que estou falando porque aconteceu comigo. O gerente simplesmente não atende os clientes. Acho que ele tem coisas "mais importantes" para fazer...
Nem vou falar das extensas filas e poucos caixas atendendo.... e as pessoas na fila não reclamam... aceitam! Não é preciso falar alto ou usar de qualquer tipo de agressividade, mas é fundamental reivindicar o que é justo. O que acho é que as pessoas tem um grau de tolerância muito acima do limite máximo para estes fatos comuns na rotina de qualquer um de nós. Daí a aceitar de cabeça baixa aumento de impostos e mal uso dos mesmos não vai muita diferença. Viajando pelo estado do Rio Grande do Sul, o que vejo são obras infinitas, buracos seculares, péssima ou nenhuma conservação das rodovias, incompetência e nenhuma capacidade administrativa. Junte à isto uma mídia que não informa os fatos com a veracidade devida, que deforma as notícias de forma partidária, que não exerce seu papel de questionar devidamente, com seriedade e neutralidade. Por exemplo escutamos muito a notícia de que um determinado juiz concedeu liberdade a um elemento que dias depois volta a cometer um delito. Nesta hora o que precisa ser feito é buscar o responsável pela soltura e cobrar uma explicação. Não apenas explicação, mas solução, leis de verdade, capazes de punir com severidade e proteger a sociedade. Sem essa de "brechas" que servem de argumento para a impunidade dos ditos "espertos". Crime é crime, e punidos devem ser todos que o cometem, dada as devidas proporções, independente de quem seja, qual posição ocupe, que idade tenha. Eu não defendo infratores, sejam menores ou maiores. Eu não sou solidária com a violência e a única forma que vejo de acabar com ela é através da punição. E que esta seja justa, ponderada, mas real. Não se trata de contrariar os direitos humanos, mas de aplicá-los em prol do fortalecimento da sociedade. Sociedade esta formada por pessoas de bem, capazes de construir um futuro melhor, em prol do bem comum.
E a sociedade precisa cumprir seu papel de agente transformador, educar-se também. Não adianta exigir direitos enquanto não abolirmos maus hábitos: vagas para idosos e deficientes físicos não estão disponíveis para apressados e mal educados; jogar lixo na rua já não é apenas demonstração de falta de educação, mas de vergonha mesmo; motoristas estressados são tão perigosos quanto motoristas embriagados; Enfim, qualquer atitude de opressão ou falta de respeito precisa ser revista, repensada e anulada da nossa extensa lista de defeitos! O mundo só será mais azul, mais digno, quando todos nós, seres humanos e pensantes, que o habitamos nos reeducarmos para exercer nossas obrigações e direitos. Mas isto de forma ética, moral, civilizada, isenta de egoísmos e egos exacerbados, que não servem para nada. Ou melhor, contribuem apenas para a manutenção do caos que aí está. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A natureza revela Deus!




           


"...E Deus criou os pássaros, deliciosos brinquedos de asas. Símbolos da liberdade, eles voam. Símbolos da beleza, eles são de muitas cores e muitos cantos. Símbolos da paz de espírito, eles não têm ansiedades. Jesus até disse que deveríamos ser como eles...

O que Deus fez foi colocar um pedacinho Dele mesmo em cada coisa que criou. Deus se pôs nas flores, no arco-íris, nas nuvens, nos regatos, nos peixes, nas árvores, nas frutas, no vento, nos perfumes, nos insetos, nas estrelas..."

(Correio Popular)
 
A natureza revela Deus! 
Quando abrimos os olhos pela manhã, normalmente com a mente já povoada por tantos compromissos e afazeres, nem sempre nos permitimos dar uma olhadinha em volta. Experimente fazer isso: Abrir os olhos e sentir a vida que há dentro de vc, a possibilidade de mais um dia... abra a janela e respire, olhe para o céu, ouça o cantar dos pássaros... saia na rua, atento aos pequenos detalhes da natureza: uma flor que nasce em meio a hera, um gatinho que se enrosca ao Sol, uma criança que brinca, uma pequena formiga que carrega uma folha 2 vezes maior que ela... aprecie o movimento de tudo quanto for capaz!... permita-se sentir o calor que emana do Sol ou aventure-se qual criança debaixo da chuva... sinta o vento, seja ele brisa ou ventania... observe o movimento e o formato das nuvens e não se esqueça de admirar as estrelas e a lua... pense nos seus amigos e tb naqueles que talvez não lhe sejam tão afetos e faça uma rápida reflexão sobre o que aprendeu com eles... faça uma oração, não para pedir solução de problemas, mas forças e discernimento para enfrentá-los...
Deus está nas obras grandiosas e nos detalhes, Ele está dentro de cada um de nós... está no mineral, no vegetal, no animal... Deus é a harmonia natural que habita e equilibra o universo, este mesmo universo no qual a humanidade é poeira.

sábado, 12 de setembro de 2015

Entre gerações

Recentemente tenho ouvido falar muito de histórias de gerações, aquela coisa sobre quem viveu os anos 60, 70 e 80 (principalmente) e de quem nasceu outro dia (a dita geração WhatsApp) :).
Parece haver uma espécie de "disputa", onde a tecnologia é "acusada" de promover a solidão, fazendo com que as pessoas sejam prisioneiras de seu próprio mundo... mundo este criado diante das ferramentas que nos inserem em um universo globalizado, gigante e infinito nas possibilidades...
Bem, meio contraditório isso, não é mesmo? Eu vivi as peripécias de uma juventude sem acesso ao mundo digital e posso afirmar (por mim mesma apenas) que a minha vida era plena e bem feliz. Por outro lado não compartilho a ideia de que o acesso a este universo digital seja uma aventura solitária.
Tudo é uma questão de perspectiva e muitas análises podem ser feitas, porém não podemos mensurar uma conclusão única, do tipo que mapeia como bom ou mau um estilo de viver. São apenas diferentes, mas sem sombra de dúvida, acho que é um diferencial bacana pertencer ao grupo do meio. Explico: ter nascido antes e vivenciado toda esta evolução tecnológica é uma aventura singular e fascinante! Hoje me delicio com os recursos que me permitem ver e falar com pessoas que me são caras e que estão em "tão tão distante"! :) Utilizo estes mesmos recursos para me manter informada e atualizada sobre assuntos do meu interesse, estudo sem precisar sair de casa e este próprio blog é uma ferramenta possível somente porque a tecnologia evoluiu! As mudanças não param, acontecem todo dia, toda hora e não há limites para a imaginação sobre o que poderemos fazer em um futuro próximo. Mas (porque é preciso sempre haver um "mas"), nenhum destes recursos supera a intensidade da interação humana anterior, quando a gente se reunia mais (digo, presencialmente mesmo), experimentava mais o mundo real, com todos os seus perigos e delícias! Eu disse "não supera", porém facilita a vida de uma forma que se torna impensável viver sem estes recursos daqui pra frente. O que eu entendo como perigo na tecnologia é somente a forma como a utilizamos, a ausência de limites que pode levar sim ao isolamento e a uma deficiência emocional um tanto quanto assustadora. Redes sociais são um exemplo deste mal uso. Não digo isto de forma generalizada, claro. Tão pouco estou aqui tentando criticar ou rotular os usuários das redes sociais como imaturos ou qualquer outro adjetivo depreciativo deste tipo. Somente compartilho um pensamento, Antes, o marketing pessoal era baseado em ações sólidas, em atitudes e comportamento. Hoje, este mesmo marketing se propaga tendo como base o ego e por que não dizer, a imaginação fértil e individual!? Portanto, parafraseando um conhecimento antigo, vamos dar os méritos e desméritos a quem tem, de forma seletiva e peculiar. Porque, ainda bem, que existem as diferenças e nos cabe reconhecê-las e interagir com o que nos acrescenta enquanto seres humanos, porque a humanidade é um valor que não pode ser perdido, não pode tornar-se obsoleto. A humanidade é a meta, embora não seja o fim.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Da imprevisibilidade de viver...

... Havia premeditado tudo... arrumaria a casa, deixaria a geladeira abastecida e alguns livros para o próximo final de semana já separados para ler na varanda. Assim deixou a casa da praia e voltou à cidade para a rotina semanal. Tudo certo, tudo pensado e programado com perfeita exatidão!
Mas... de repente uma dor súbita, a corrida para o hospital e o início de uma bateria de exames e consultas e em seguida a internação! Seis meses depois o óbito. Não voltou à casa da praia!
Aos familiares condoídos pela perda e saudade cabe os trâmites mais urgentes e em seguida decidir o que fazer com os pertences e bens... missão difícil, porém necessária e durante a qual se revelam tantos detalhes de uma vida, que mesmo sendo partilhada, guarda surpresas sobre as emoções, ideias, sentimentos, pensamentos de quem já não está fisicamente presente!...  
Esta é uma história comum e como a maioria das coisas comuns revela valores que normalmente ignoramos diante da complexidade de tarefas e rotinas às quais nos dedicamos e que consideramos de extrema prioridade. Sabemos da imprevisibilidade da existência, tememos muitas vezes o momento de partir ou ver partir... mas ignoramos o momento presente e suas possibilidades... deixamos pra depois o abraço, a conversa, o encontro... porque "é preciso" priorizar o que representa nossas "máximas" necessidades!... Só esquecemos que a maioria destas necessidades máximas e tão urgentes tornam-se em sua maioria detalhes sem importância, diante da perda de um ente querido. A maioria destas necessidades não são capazes de nos consolar ou suprir a falta que passamos a sentir... Mas a vida continua e acabamos "devolvidos" a nossa rotina. Durante um determinado tempo nos perguntaremos o que realmente é importante!? Mas em pouco tempo somos envolvidos pelas velhas ou novas prioridades até que um fato semelhante nos chame novamente a repensar valores... Claro que não podemos deixar de lutar por nossos sonhos, trabalhar, estudar e dedicar nossos esforços na construção de nossos ideais. Claro que isto demanda tempo, entrega, escolhas, organização, opções nem sempre cômodas e condizentes com nossa vontade momentânea. Mas deveria ser claro também que a felicidade implica em aprender a conciliar e equilibrar prioridades.
Vivemos  planejando como se o nosso tempo fosse infinito ou passível de previsibilidade, quando na verdade, não sabemos! E esta deveria ser a premissa básica de nossas relações
Partilhar  sorrisos, atenção e carinho com quem amamos não é desperdício de tempo, nem tão pouco pode ser adiado constantemente, como se o amanhã fosse consequência certa da existência. Da mesma forma, nada nesta vida deveria ser motivo para nos obrigar a conviver com aqueles que nos fazem mal,  que não nos acrescentam em termos de uma convivência verdadeira, leal, pautada em confiança, respeito e alegria. Mas como tudo é aprendizado, que possamos ser equilibrados, priorizar os laços verdadeiros e não permitir que as pessoas que amamos saiam de nossas vidas, deixando um rastro de vazio e a sensação que não tivemos tempo de compartilhar todo amor que nos cabe. 
 
 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

As(os) Viúvas(os) do Orkut

Outro dia ouvi esse termo de alguém bem próximo a mim: "... as viúvas do Orkut...". Confesso que achei a referência engraçada, mas depois pensando... Bem, o termo refere-se às pessoas que saudosistas do antigo site, revivem vez em quando suas experiências e gostariam que o mesmo não se houvesse extinto. Me encaixo então como "viúva do Orkut" :).
Explico que não é minha intenção desmerecer o Facebook, aliás tenho lá o meu perfil e reconheço algumas vantagens, mas que nem de longe atingem o encanto das velhas comunidades e seus debates!... Esta é um visão pessoal, é claro. Como toda boa "viúva", vez por outra remexo memórias e acabei por descobrir que é possível encontrar arquivos das postagens e tópicos do "falecido" no Google e a saudade ficou ainda mais forte! Não vejo como interagir desta forma no face, mesmo nos grupos, pois a dinâmica é bem diferente, mas há quem consiga, eu suponho. As velhas comunidades tinham sua magia de interação toda própria e voltada para quem aprecia (como eu) a troca de ideias (principalmente as diferentes), com o objetivo de argumentar e refletir sobre os mais variados temas, buscando firmar ou reformular o pensamento. Existe por aí uma tentativa de "reanimar o morto", basta procurar e será possível encontrar esta nova versão (com design semelhante ao original) inclusive no nome: Orkuti! Não objetivo aqui fazer divulgação, mas criei um perfil lá e acesso eventualmente para dar uma conferida, porém a distância entre o antigo e o novo é muito grande. À começar que me parece mais um site que as pessoas tentam usar para alimentar egos e/ou fugir da famosa solidão existencial, o que também me lembra o face. Talvez isto ocorra porque as viúvas e viúvos dos grandes debates ainda não tenham descoberto a possibilidade de retornar a magia ou talvez e mais provável, porque a vida é dinâmica e tudo muda, tudo tem a sua época e circunstância próprias. Enfim, este me parece, será um "luto eterno" ou quem sabe mais à frente, alguém idealize alguma outra forma de interação virtual onde o valor esteja na força das ideias e no encontro/reencontro de interesses menos focados no "eu sou" e mais  no "eu ainda preciso aprender, para um dia ser". Como eu gostava de encerrar algumas de minhas postagens no Orkut: É mais ou menos por aí... Fraterno Abraço!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Momentos Insanos

 
São noites, são flores, são dias...
São sonhos, são medos, erros e acertos...
Parte da minha insanidade,

Fruto da provável utopia...

Ser eu não é assim tão fácil,
Nem fácil é deixar de ser...
Existem velas ao vento,
pequenas chamas ardendo ao relento,
que não se apagam!...

Existem velhas pendências,
algumas supostas urgências
que no tempo se perderam...
Mas entre brumas e atritos,
voltas e estradas,
tempo e afagos,
ainda se agitam...

Quem sabe no meu conceito de infinito,
o tempo nunca se acabe!?...
Apenas se perca por instantes de anos,
talvez séculos... quem sabe!?

E num poema inacabado,
quem sabe eu retorne, um dia...
Talvez, quem sabe...


(Beth - em 19/09/2010)

domingo, 19 de julho de 2015

Poesia vaga

Sou como nuvem...
Eu sou como nuvem passageira
flutuando nesse imenso céu azul...
Absorvendo o vento, rompendo o tempo e desabando por um instante...
recompondo-me no aconchego dos que amo...
Nunca desisto, porque existo e insisto!...
Me transmuto, me transformo... me espalho, me recolho...
renasço e morro... não, não sou normal!
mas sou do bem, não sou do mal...
sou eu apenas...

(Beth)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Criticar para crescer

Segundo o Dicionário Informal, "o termo "crítica" deriva do termo grego kritike, significando "a arte de discernir", ou seja, o fato de discernir o valor das pessoas ou das coisas. Análise sistemática das condições e consequências de um conceito; significa a teoria, a disciplina ou uma aproximação e uma tentativa de compreender os limites e a validade de um conceito."
A minha reflexão de hoje é justamente sobre a capacidade de criticar inerente ao ser humano. Eu, particularmente, tenho tendência ao questionamento. Os "por quês", "de onde", "pra onde", "como", "qual finalidade", são fundamentais em minha vida. Portanto, uma crítica nata. Não me refiro aqui a crítica que objetiva somente mensurar valores e posicionamentos, mas sim, a crítica que busca compreender da forma mais concreta possível os fatos. O abstrato combina bem com a ficção, a literatura, a poesia, enfim, o universo das ideias e emoções. Na prática, a realidade do que pretendemos ser ou fazer exige uma dinâmica mais aprimorada, à fim de que possamos de fato nos tornar indivíduos capazes de interagir e superar desafios. Criticar é preciso, é um exercício da mente na formação de nossos valores, na dificil tarefa de escolher nosso destino e nos posicionarmos diante da vida. Fazendo aqui uma breve analogia à Platão e seu clássico Mito da Caverna, somente quando abandonamos nossos medos e tendências comodistas, passando a desafiar o inusitado e a explorar o que existe além de nós, seremos talvez surpreendidos com a infinidade de possibilidades pelas quais passamos sem sequer cogitar que estavam lá. 

"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê"
(Platão)

terça-feira, 14 de julho de 2015

Redes nem tão sociais assim

Uma única harmonia comanda a composição do todo através da combinação dos princípios contrários. (Aristóteles)

As redes sociais tornaram-se a febre da ditas civilizações hipoteticamente globalizadas! Cientistas sociais modernos afirmam que a globalização nos leva para um caminho perigoso da perda de identidade, ou seja, passamos a ser parte do todo, sem fronteiras políticas, filosóficas, religiosas, étnicas, sequer geográficas. Huuummm... bom pensar um pouquinho sobre este rumo que estamos tomando. Estaríamos então todos sujeitos a uma modelo ideal de existência? Preceitos, conceitos, ideologias se tornam unas, ignorando as diferenças naturais? O certo e o errado perdem espaço para o infinito universo das possibilidades, fazendo com que sejamos todos obrigados (sim, obrigados) a aceitar o que a "modernidade" nos dita? Socialmente aceitos, esta passa a ser a máxima de nossas existências?  E somente para complicar ainda um pouco mais, vivemos a era da informação imediata e o que não nos falta são receitas prontas nos ensinando como viver melhor e como sermos mais felizes, atingindo uma plenitude que não vai muito além de um corpo perfeito, uma mente aberta e uma aceitação sem questionamentos. Os apelos chegam de todos os lados através da mídia e das ideias propagadas sem nenhuma intenção de educar, apenas visando a massificação. E as redes sociais desempenham este papel com eficiência magnânima!... São informações e opiniões desprovidas de fundamento sendo despejadas aos borbotões, egos insuflados, aparências acima dos fatos, solidão camuflada e por aí vamos.... Claro, redes sociais também propiciam encontros e reencontros, "basiquinho" isso, mas este é um objetivo menor diante da grande máquina que manipula e desconstrói. Eu aqui do meu mundinho observo e por vezes me pergunto o que estou fazendo aqui!? Mas inserir-se no contexto não me obriga a aceitá-lo e muito menos compartilhar/curtir seus absurdos. Mas chamo a atenção para uma observação mais cuidadosa e menos individualista sobre esta ferramenta que nos coloca em contato e à mercê da coletividade. Talvez possamos um dia atingir uma maturidade capaz de nos levar através das redes como indivíduos capazes de promover a evolução, entendendo que somos parte dela, respeitando as diversas identidades que existem, sem tentar anulá-las em prol de nossas "máximas" crenças!...

Tenhamos Brio

https://www.youtube.com/watch?v=Qj6mQSdBSGI

Como comentar esta tirada do Professor Clóvis, sem fazer uma análise auto reflexiva sobre a forma como nos dispomos a compreender o mundo!?... Quantas vezes desistimos na primeira dificuldade acadêmica ou de vida e assumimos a postura de que tal assunto nos é vedado ao entendimento!? Certa vez um doutor em matemática, amigo meu, disse que os números sempre foram a sua maior dificuldade e eu, inocentemente, questionei: Ora, isso não faz sentido, você é doutor em matemática! A resposta veio rápida e ficou marcada em minha mente: "Justamente por isto, me empenhei em aprender e me superar. Para que investir tempo nas áreas que domino? Para estas dedico um tempo menor do que eu dedico para aquilo que não sei!" Desde então, cada vez que me deparo com o complicado, passado o surto natural que este me causa, tento me lembrar da lição aprendida. Não existe isso de assunto insuperável! O que existe é a comodidade! Porque não é fácil vencer barreiras, principalmente diante dos apelos que nos atropelam e convidam ao descaso, ao descanso, à fazer as coisas de forma "simples e prática" à fim de dispor de tempo para outros temas ainda "mais importantes". Ok, porém não vejo nada mais importante que evoluir enquanto indivíduos que somos,  acumular conhecimento e ter a sensação que o infinito é o limite de nossas possibilidades, aliás este é o slogan da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos): "Somos Infinitas Possibilidades". E não é que somos mesmo!? Tudo é uma questão de foco, vontade e objetivo!

terça-feira, 7 de julho de 2015

À Caminho do Mar


Costumo pensar que para se conhecer um lugar, qualquer lugar, é preciso percorrer seus desvios. Uma estrada não se traduz apenas pela paisagem que está à frente, mas também por seus caminhos ocultos.
Sabe aquela estradinha que faz divisa com a estrada principal? Aquela mesma que foge do asfalto e adentra a paisagem, como um convite para o inusitado!?... Gosto de perseguir novas possibilidades e me atento para os tesouros resguardados pela dificuldade do acesso. Sob o Céu, o Sol e o Mar, em meio à relva, distante da civilização por assim dizer... Enquanto houver em mim um mínimo traço de lucidez, quero experimentar esta aventura de descobrir e redescobrir este mundo gigante e tão repleto de belezas, todas lá, à disposição de quem sabe ver!...