quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Por uma vida mais simples e relações humanas menos complicadas



- Entenda que a dor do outro não é sua, cada um sente de um jeito diferente, seja solidário(a), respeite, não menospreze;

- Ego, todo mundo tem, precisamos aprender a conviver com os diferentes estágios do "eu". Primeiro compreendendo e moldando a nós mesmos, depois selecionando o que acrescenta ou não ao nosso dia-a dia. A empáfia e a arrogância são ilusões das mentes despreparadas e desprovidas de conhecimento;


- É preciso olhar em volta, reconhecer as flores, os pássaros, as florestas, o verde, o azul, o amarelo, todas as cores... cada pequeno detalhe que compõe a vastidão do Universo;


- Todo dia é uma nova oportunidade de repetir ou refazer ações, de colocar em prática o crescimento pessoal, o aprendizado. Entenda que você vai errar e isto não é o fim da história. Os erros e suas consequências são como o remédio que arde, mas é necessário para a cura do mal;


- Seja prudente, mas não estático(a); 


-Pense antes de falar, mas se suas palavras atingirem alguém de forma negativa (críticas destrutivas/ofensas/expressões da vaidade/incompreensão...), peça desculpas. Reconheça seu mau momento. 


- Perdoe, perdoe, perdoe mil vezes ou mais, quantas forem necessárias, mas entenda que o perdão acontece dentro do coração em primeira estância. Quando você perdoa, a sua alma se torna mais leve, seu sorriso mais natural. O maior beneficiado é você, independente de razão. Agora, perdoar não implica em aceitar o que contraria seus valores. Você pode perdoar (libertar-se) e seguir seu caminho, cujas trilhas quem determina é você!

- Não se detenha diante da incompreensão e construa os alicerces dos seus sonhos. Entenda que, assim como você, todos tem limitações e entendimentos diferenciados;

- Esta não é uma lista de Bem Viver, são apenas algumas considerações sobre como não nos entediarmos e desistir de ser parte integrante da mudança que gostaríamos de ver. Porque é fácil vislumbrar um mundo melhor, isto qualquer um faz! Complicado mesmo é lidar e aceitar as diferenças, mais ainda, fazer das diferenças a base, ou seja, ao invés de diminuir, somar ideias e idealismos, peneirar, retirar o joio do trigo! Isto dá trabalho!

-E para finalizar, falando em trabalho, é isto que move o mundo, em suas diversas vertentes. 

Este texto não tem a pretensão de ser uma "bula", uma "receita de bolo", ao contrário, o que eu espero é despertar reflexões sobre como podemos atingir um nível de maior compreensão com nossos semelhantes. Lembrando que, semelhante no contexto, nada tem a ver com igual. Semelhante aqui tem o sentido de tudo que existe, inclusive os seres inanimados. Sim, e por que não? Conheço pessoas que colecionam pedras ou conchas marinhas... estas pessoas conseguem ver a beleza oculta nestes minerais à ponto de querer tê-los mais perto de si... Em suma, o mundo é movido por energia e esta está contida no animal, no vegetal, no mineral... na mente!... É mais ou menos por aí...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"Amadrugando"

Anoitecia e eu pensava...
Enquanto eu pensava, anoitecia...
amadrugava, eu diria, se tivesse certeza
que esta palavra existe...
Mas dizem que na intenção poética,
é possível "inventar" palavras....
E dizem até que palavras inventadas na informalidade,
se aceitas e propagadas, passam a fazer parte do dicionário...
E de repente eu divago... sentido da palavra...
e o texto? e a base? e a motivação da noite insone?
perdidos na madrugada!...
embora latentes
na mente....
Parafraseando Platão, em seu Mito da Caverna,
as sombras podem camuflar a luz...
E a noite tem como dom maior proporcionar a obscuridade...
Mas eu não temo a noite, ao contrário, a absorvo...
Então entre sombras e madrugadas,
eu projeto a claridade!....
De fato, não busco a verdade,
mas o caminho, a estrada, a orientação...
e quiçá alguma certeza...
E enquanto amadrugava,
eu buscava...


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Eu não tenho meios termos...

Felizmente ou infelizmente (ponto à considerar/debater/refletir) eu não consigo definir nenhum conceito como mais ou menos, isso ou aquilo talvez. As coisas são ou não são (ponderações são bem vindas e necessárias). Porém tenho definições próprias e estruturadas sobre aquilo que me proponho a discorrer. Isto não significa que não estou aberta ao bom debate, mas significa que tenho opiniões formadas, valores pré definidos e uma personalidade moldada nas minhas experiências pessoais, embora embasada também no que absorvo do mundo em geral.  Mas paro para pensar toda vez que a ideia do outro abala minhas convicções pessoais. Se mudo de opinião? sim, eu mudo, desde que o argumento seja suficientemente plausível e sustentável. Não tenho nenhuma pretensão de ser "dona da verdade". Aliás, não acredito nisto! Verdades são questionáveis, antes de mais nada (não se pode atribuir veracidade a nada que não possa ser submetido ao questionamento).
Dito isto, passo a reflexão propriamente dita deste texto: outro dia expressei uma opinião no meu Blog Responsabilidade Social sobre uma reportagem que referia-se ao drama vivido por refugiados da Síria e Afeganistão. Ora, sabemos que este é um problema de ordem prioritária e que, na minha opinião, não recebe a devida conotação de urgência pelas autoridades mundiais, seja por questões políticas, econômicas ou de interesses diversos. A mídia (pelo menos a mídia brasileira) também não retrata os fatos com a devida responsabilidade e comprometimento de informar os fatos como eles são. Sim, parece que o jornalismo se detém a estruturar a reportagem, sem esmiuçar as diversas vertentes e principalmente os fatos históricos por trás de cada questão. Fica mais ou menos assim: "grupo extremista causa tragédia com bomba em um centro movimentado". Ok, mas o que causou a formação deste grupo? qual a história por trás do ódio e da violência? o que poderia ter sido feito para coibir/evitar tal atrocidade? a quem interessa a não exposição de tais fatos? Posso me deter aqui em inúmeras perguntas deste tipo, mas não sou jornalista, não faço parte da mídia, sou apenas um ser pensante.... por que estas perguntas não são sequer cogitadas? por que não saímos da mesmice? e pior, por quanto tempo mais seguiremos assistindo ou sendo parte desta catastrófica situação, onde pessoas inocentes perdem seus direitos e vidas? mas a mídia vai falar, sim, vai falar do que não faz diferença: a cor, a idade, a religião, a opção sexual, o nível econômico e sabe-se lá mais o que  poderia "classificar" as vítimas.... E a opinião pública (pobre em sua maioria, porque não se dá ao trabalho de pesquisar, de investigar outras fontes) fomenta toda esta desinformação. Desinformação esta que é passada e repassada, hoje em dia, de forma muito rápida nas redes sociais. Para piorar um pouco mais o quadro, pessoas começam a discutir o "sexo das pedras": questões como a "sua opinião difere da minha, então está errada", portanto o desrespeito toma à frente, minando os fatos. A notícia acaba perdendo a sua importância frente à questões menores, irrelevantes mesmo. Finalizando a questão dos refugiados em reportagem citada acima, quem adere a causa e providencia socorro é gente solidária. Nada mais que isto. Ponto final!
O problema não termina aí, vemos as tragédias ocorridas recentemente em Paris e no estado brasileiro de Minas Gerais. Me causa frustração toda essa polêmica nas redes sociais, onde as pessoas passam a atacar uma simples alteração na foto do perfil (alteração esta que significa apenas demonstração de solidariedade). Meu Deus, que mundo é este? Então temos que escolher com qual desgraça devemos nos solidarizar? Qual tragédia merece nosso interesse e auxílio? a dor de um é maior que a do outro, apenas em função da nacionalidade? uma mãe que perde seu filho sofre diferente, de acordo com a opinião pública? Opinião esta, que repito, nem sempre tem o devido embasamento dos fatos, só para ilustrar! Acordemos, pois! Dor é dor, tragédia é tragédia e solidariedade não tem fronteiras, não escolhe um alvo especifico, apenas se demonstra e se expande conforme a compreensão de cada um. E por favor, a compreensão dos fatos não deve limitar-se a esta mídia inconsistente que temos, vamos lá. pesquisar, investigar, formar uma opinião própria baseada em fatos, não em achismos banais. Tem muita coisa por trás da notícia exposta e algumas destas coisas são justamente repassadas com a intenção de camuflar a verdade. É mais ou menos por aí...